PASSAPORTE PARA O INFERNO

PASSAPORTE PARA O INFERNO
ÚLTIMO LANÇAMENTO
Perplexo e pensativo, caminho pelas ruas pensando no que somos...
Quanta razão está imbuída no nosso coração; realidades sem fantasia. Somos nocivos, causamos e transmitimos alegria e tristeza, o mal e o bem. Às vezes, instintivamente, causamos mal a quem queremos bem. Poderíamos ter o instinto de rato que, mesmo indefeso entregue aos instintos sádicos de um gato. Até mesmo uma cobra que vive rastejando, odiada por todos e causando destruição, e por isso destruída. A traição é o pior mal da natureza.
Amigos de verdade são raros.

17 outubro 2011

Cansei de Amar


Cansei!

Este coração teimoso já não acelera mais

Fagulha de tempo que se chama vida

Quão pouca diferença faz não amar jamais.


Meu coração ferido só quer esquecer

Nas entranhas da noite já não penso em você

Durmo feliz com a alma sem esmorecer

Amei, chorei e fracassei.


Pois do amor distanciei

Quem ama não tem sentido

Hoje só quero paz nada de ilusões

Da carne e dias e noites sofridos.


Minha alma fortalece com a desilusão

Sem lembrar jamais dos meus prantos

E das falsidades que maltratam meu coração.

Luiz de Carvalho Pádua

22 agosto 2011

VOCE CHEGOU ASSIM


Você chegou assim.

Como uma manhã de verão
Você se chegou
Com cheiro de primavera
Sorrateiro, de mansinho.
Se adentrando em meus sonhos
Dando-me carinhos.

De mansinho você chegou
E me pôs de avesso
Deslumbrou-me, me enrolou
Decompôs-me, em atropelos.
Torturou meus dias
Minhas noites, minhas madrugadas.

Você chegou assim,
Suave como cetim,
Receptivo, desprevenido
Calmo, mais com pressa
Veio trazendo felicidade
Cumplicidade.

Você chegou como uma lua cheia
Salpicando minha vida de estrelas
Iluminando minhas noites
Clareando minha alma
Chegou cheio de desejos
Deixando o gosto de teus beijos.

Mas você se foi de mansinho
Sem sequer dizer adeus
Deixando as saudades que não matamos
O gosto do beijo que não beijamos
O cheiro que não sentimos
Deixando assim, só desejos!


Su Angelote

TUA TERNURA


Tua ternura
São nossas mãos unidas
Nossos corpos abraçados
É sentir nossos momentos de prazer.

Tua ternura é ter-te
Nos momentos certos,
Dessa vida errada
Nos dias de chuva, nas noites calmas.

Tua ternura
É não saber do amanhã
Acreditar no hoje
Na união do prazer.

Tua ternura
É ver a vida diferente
Encontrar os caminhos da alegria
É dormir, e encontrar você.

Tua ternura
É sonhar de olhos abertos
É amar e sentir-se amada
É viver e não morrer!

Su Angelote

06 julho 2011

MEU AMOR

Meus desejos expressados em meu corpo
Meus impulsos mais íntimos revelados
Procurarei por toda a noite o teu corpo
Sem culpa, sem medo, sem pecado.

Meu corpo te escolheu e te procura
Pelos encantos profanos do teu corpo
Entrego-me a ti com afoitos impulsos
Afago-te e te acolho como amante.

E quando a noite se fizer demente
E eu me sentir ardente a tua espera
Jogarei para o alto toda essa espera
E ansiarei apenas por uma quimera.

E nessa utopia louca de querer amar-te
Buscarei as mitologias, os deuses,
Encherei meu coração de saudades
Num tempo longo e solitário.

Su Angelote

01 julho 2011

Ninho de amor


Isolado me encontro

Não sei se é sonho, ou prazer

Vou construir meu ninho

Despedir-me do sol ao anoitecer


Vou viver na contramão

Dos passos de cada um

Proclamar para todos ouvir

Que vives no meu coração


Venha ouvir minha poesia

O teu cantinho te chama

Entre, quero ouvir que me ama


Venha, deixe a lua sorrir

Nesta linda noite de luar

Teu corpo preciso afagar


(Luiz Pádua)

Eterna amante




Não importa que esteja distante

Meus lábios ressequidos

Renasce ao contato suave

E húmido de sua boca num instante


Não te esqueça querida

Que mesmo estando distante

Incansavelmente eu sempre dizia

Eu aqui estou, eterna amante


Barreira é normal e sempre vai existir

Há disposição para tudo transpor

Porque nada no mundo supera o nosso amor

(Luiz Pádua)

28 junho 2011

PRETÉRITO AMOR






O que ficou para trás hoje caiu no esquecimento
Já não me recordo de tantos momentos perdidos
Vivo hoje de lembranças vagas do nosso amor
Que um dia prometeu, mas, o destinou travou.

Macerou com sonhos e ilusões nossas máscaras
Definiu nosso amor como “Impossível ficou”
A tentação de voltar não tornou ao pensar
Apenas mostrou o tanto que deixamos de nos amar!

Amor findo, amor retraído, amor incontido.
Quanto amor! Mas também muito torpor
Covardia é o que eu diria que houve um dia
De não ter a certeza que nos pertenceríamos.

Ah! Amor covarde, tanta maldade, tanta deslealdade.
Caísse no marasmo do cotidiano sem liberdade,
Mostrasse que a vida é como a maré cheia
Que um dia se esvazia e deixa a nostalgia!

Su Angelote

22 junho 2011

Vidas Fingidas





Paro de pensar
Quantos disparates
Quantas grandezas escondidas
Vidas fingidas

Imensa felicidade perdida
Egoísmo, alegria para um
Felicidade para nenhum
Não quero nada mais ver

Não quero mais pensar
Não vale a pena torturar-se
Torturas trazem  tristezas
Tristezas geram revoltas e incertezas

O silêncio impera
Um casal namorando
Eu aqui pensando...


(Luiz Pádua)

21 junho 2011

O caminho do sol

Caminho com o vento da sensatez

Levando a pasta na mão

O sol é causticante maltrata-me de vez

Por que não procurar a sombra então?

Qual nada...

Há muita coisa a fazer

Nada de olhar o sol se repartindo

Nem de nuvens se abrindo

Eu não vou como ele vai

Pois não sei para onde ele vai...

Eu sei aonde vou

Vou ler, vou amar

Por quê?

Porque sim!

Vou caminhar com o vento

Ou contra o vento se precisar

Sem lenço e sem documento

Eu vou

Por quê?

Porque sim!!!

Por que não?

Ora bolas!

Porque sim!

Lá vou eu.


(Luiz Pádua)

15 junho 2011

Amar é Viver

Se amar é viver

Por que vou morrer

De tanto amar?

(Luiz Pádua)

Mundo de ilusão


Sorrimos pra não dizer não

Choramos por emoção

Amamos com o coração

Neste mundo de ilusão

Somos apenas sombras na escuridão

Luiz Pádua

14 junho 2011

Sonhos de verão

Estás distante, mas parece-me próxima

Tua figura de mulher a tomar

Todo o vão de um sonho

Ah! Se eu não soubesse sonhar

Com tudo que não tenho

E só tenho um sonho, seria mais pobre

E não ouviria tua voz,

Que fora do sonho está calada,

Indiferente ao tanto que te amo.

Há tanto tempo sem ver-te, há tantos...

Antes os dias eram melhores,

Mas os dias não são sonhos

E eu não precisava sonhar tanto

Para amar-te como te amo agora.

(Luiz Pádua)

As 4 estações do amor


Uma vida de amor em um casal é constituída de quatro tempos, senão vejamos:

PRIMAVERA:- É a estação do amor, da felicidade e é a mais gostosa, pois o casal está apaixonado. Os pombinhos vivem felizes em beijos e abraços na maior felicidade do mundo. Ao se despedirem-se de um encontro vão para suas casas, cada um já pensando no encontro do dia seguinte e chegam até a sonharem com seu amor e aguardando o próximo encontro.

VERÃO:- É a continuação da primavera; os dois continuam se amando cada vez mais. É a estação do planejamento de planos para um futuro casamento. A moça preocupa-se em fazer o enxoval e o rapaz procura a fazer economias para comprar sua roupa de casamento e guardar algum para uma possível “lua de mel”.

As núpcias será o ponto mais alto do amor do casal, mas como tudo que sobe também desce, é no ápice do amor que se inicia o declínio do amor.

OUTONO: É a estação da realidade. Depois de algum tempo de casados vivendo com muito amor e felicidade, logo após o primeiro ano de casados aparecem os tropeços de vida a dois e suas responsabilidades. O homem passa a chegar em casa mais tarde, precisa bater um papo com os amigos; ele não sabe, mas a verdade é que está enjoando da vida de casado, todo o dia a mesma rotina de sempre, nada muda a não ser a responsabilidade. Pagamentos de contas, compras... Paga isso e aquilo, e à noite ainda tem o compromisso sexual rotineiro com a mulher amada... É “um deus nos acuda”.

O filho começa balbuciar as primeiras palavras. Tanto o amor do pai, como o da mãe volve-se totalmente para o filho que continua crescendo.

INVERNO:- A mulher está acima de seu peso. O marido está criando uma barriga que já é visível e já nem para mais em casa e só chega para dormir. A mulher depois de dar banho no filhinho, alimentá-lo e colocá-lo para dormir, vai se deitar. O marido chega e deita ao seu lado virado para outro lado e põe-se a roncar.

Na realidade eles estão no inverno do casamento e já não estão suportando mais a vida entre dois. O amor entre os dois parece que esvaiu-se. Aparecem as primeiras discussões continuadamente entre eles. Passa-se o tempo, cessam-se confidências e o amor também passa.

A vida do casal já não é aquela de quando se conheceram; mudou-se completamente.

O que fazer? Ai vem o bom senso e diz: “se quiserem continuar vivendo no inferno, que continuem, mas se quiserem tentar uma nova vida e recomeçar tudo de novo e dar o amor que ainda está no peito a outra pessoa, que seja o mais rápido possível”.

Mas o que mais se usa é a separação. O casamento chegou ao seu final.

Que sejam felizes.

Luiz Pádua

Sentir teu perfume

Eu podia tornar-me invisível

Só para estar junto a ti

Estaria mais presente do que agora

Com as minhas mãos tocarei teu rosto

Tua pele macia do teu corpo atrativo

Não chorarás pela alegria que vou te deixar

Que será maior que os anos de vida

Que temos para viver

Quando fores deitar eu também irei

Só para acariciar sua pele suave

Que nem uma pluma

Sentir o teu perfume

Quanta coisa poderia fazer para te agradar

Ah! Se eu tornar-me invisível...

(Luiz Pádua)

Roubaste minha mente

Roubaste os meus sentidos

Levando contigo a esperança de vida a dois

A satisfação de ouvir ser chamado de querido

A vontade de olhar para outra mulher

Só não me levou as esperanças de viver

Sabe por quê? Ainda espero por ti

Na neutralidade do meu eu

Só penso em ti

Roubaste até a minha mente

Nela penetraste e não saíste mais

E agora, como enfrentar a vida

Carregando-te na minha cabeça?

Ora! Carregarei sim, enquanto eu viver

Acostumei a estar contigo

Mesmo sem nunca ter-te visto um dia

Nem um minutinho sequer

Não viverei nunca sem ti

Sabe por quê?

Tu já és um pedaço de mim

Es a minha verdadeira mulher.

Luiz Pádua

13 maio 2011

Abstratismo


Abstratismo

                      

Tudo abstrato
Sem tacto
Sem contato
Medo do ato
De fato
Nada concreto
Pobre espectro
De um amor discreto

                        Luiz Pádua

25 fevereiro 2011

Calúnia


A Calúnia

Uma certa escritora, cujo nome me foge da mente no momento, ao ler um texto meu sobre a calúnia na Internet, fez o seguinte comentário: “A calúnia é como se soltássemos um travesseiro de penas ao vento; Jamais conseguiríamos reunir todas”. Concordamos com essa frase.

Nos Crimes Contra a Honra, previstos nos art. 138, 139 e 140, defrontamos com a Calunia, Difamação e Injúria. Calúnia é um termo que vem do latim (calumnia), engodo, embuste. A calúnia não se confunde nem com difamação, nem com injúria, outros dois crimes contra a honra. A Difamação, art. 139, significa desacreditar, atribuir a alguém, fato ofensivo à sua moral e aos bons costumes; e a Injúria, art. 140 — ofender a honra e a dignidade moral, não confundir com calúnia.

Na definição de Victor Eduardo Gonçalves, “é o conjunto de atributos morais, físicos e intelectuais de uma pessoa que a torna merecedora de apreço no convívio social e que promove sua alta estima”.

Calúnia é a imputação falsa que ofende a reputação ou o crédito de alguém; -difamação infundada. É uma afirmação falsa e desonrosa a respeito de alguém. Consiste em atribuir falsamente a alguém a responsabilidade. Cap. V – titulo I – da primeira parte especial do C. P. B.Trata-se dos crimes contra a honra, que abrangem tanto aspectos objetivos, como subjetivos, de maneira que aqueles representariam o que terceiros pensam a respeito do sujeito — sua reputação,- enquanto estes (ofendidos) representariam o juízo que o sujeito faz de si mesmo — seu amor próprio.

Dessa forma, os crimes contra a honra são puníveis com penas que podem variar com até um ano de reclusão sem prejuízo da multa imposta ao caluniador. Há, porém de se levar em conta que nos crimes contra a honra, o réu pode ser condenado por cada um dos crimes previstos nos artigos 138, 139, 140 com acumulação das penas impostas em cada um dos artigos, podendo acumular as penas de cada um dos artigos previstos e chegar até três anos de reclusão, caso receba penas acumulatórias em cada processo, que seja julgado.

Se alguém afirma que determinada pessoa cometeu um crime, sem que ele não tenha cometido, comete um crime. Dizer que um grupo de pessoas estava cometendo o crime de apologia, sem que de fato tenha cometido, é um crime. Em assim sendo deve-se, portanto, fazer uma profunda reflexão sobre como usar a língua, se a usamos para o bem ou para o mal. É o “disse que disse” que tem levado muitos a servirem dele para propósitos maléficos, verdadeiros instintos do mal.

Assim como a mentira, a calúnia é sua maior amiga e andam sempre juntas, companheira inseparável dos covardes que não sabem enfrentar os problemas que a todos afligem. Para chegar atingir seus objetivos não importa os meios, ou seja: massacres desonrosos e impiedosos de pessoas inocentes, com a finalidade de derrubá-las para adquirir algum posto de projeção, ou assumir o seu lugar.

A calúnia chega a ser o pior inimigo das pessoas sensatas. Ela vem de mansinho, devagarinho, mais chega. É como uma bomba que explode covardemente na cabeça de uma pessoa inocente, lançada por algum covarde. A calúnia é arma infalível nas mãos dos incompetentes que usam-na para alcançar algum objetivo, ou para levar alguma vantagem. É a incompetência que faz com que a pessoa consiga algo na vida, através da calúnia ou difamação infundada. Ela é própria dos covardes que, no ímpeto de sua mediocridade e insensatez, atacam e ferem a honra do próximo. Uma pessoa que calunia não merece a menor consideração. Ela é simplesmente, desprezível, não é confiável.

Luiz Pádua