PASSAPORTE PARA O INFERNO

PASSAPORTE PARA O INFERNO
ÚLTIMO LANÇAMENTO
Perplexo e pensativo, caminho pelas ruas pensando no que somos...
Quanta razão está imbuída no nosso coração; realidades sem fantasia. Somos nocivos, causamos e transmitimos alegria e tristeza, o mal e o bem. Às vezes, instintivamente, causamos mal a quem queremos bem. Poderíamos ter o instinto de rato que, mesmo indefeso entregue aos instintos sádicos de um gato. Até mesmo uma cobra que vive rastejando, odiada por todos e causando destruição, e por isso destruída. A traição é o pior mal da natureza.
Amigos de verdade são raros.

27 novembro 2010

Doce Ilusão

DOCE ILUSÃO

A ilusão tomou conta de minha alma
Tento deter-te ao meu lado, corpo a corpo,
Envolver-te em meus braços
Acariciar-te deixando minhas mãos deslizarem pela
Maciez de teu corpo cobrindo-o com meus beijos
Depois transportar-te para outras dimensões

Quantas vezes eu imaginava
Tu junto a mim
Mesmo sem nunca ter visto Teu rosto
Sem nunca ter-te tocado
Sem nunca ter-te sentido,
E nunca do teu amor ter provado

É a doce ilusão que nunca morre
Na fagulha do tempo e da vida
Tu surgiste de repente em meu coração
Abstratamente...
Vivo amargando noites de insônia
Sem a tua presença para acalmar minha aflição

Só agora vejo que tudo não passava
De uma ilusão perdida
Uma eterna esperança que chega ao fim
Mas só agora aprendi a viver só
Sem o teu vulto e a ilusão do teu amor
Porque hoje, o nada se apossa de mim.

Luiz Pádua




23 novembro 2010

15 novembro 2010

SOU EU...


Quem és tu mulher?
Com pouco mais de um ano, aprendesses a falar as
Tuas primeiras palavras.
Que vitória!
Poderias ter nascido sem o dom da fala.

Quem és tu mulher?
Aos 12 anos descobrisses o amor.
O amor puro, infantil, sem medos
Apenas mãos dadas, corações atados.
Que vitória!
Poderias ter nascido sem coração para amar.

Quem és tu mulher?
Aos 23 anos fosses mãe. Saudável, do jeito
Que a vida ensinou, expulsando seu filho com a dor,
Mas no coração a certeza da proteção.
Que vitória!
Poderias ter nascido sem útero.

Quem és tu mulher?
Aos 32 anos adotasses uma filha.
Era tanto amor para dar, que não substimasse
Tuas vitórias e te enchesses, mais uma vez,
De glórias.

Quem és tu mulher?
Aos 50 anos publicasses teu primeiro livro.
E se não bastasse, fosses além, e rompesses com
Teus romances, contando dores e alegrias.
És vitoriosa!

Sou? Quem eu sou?
Sou mulher, mãe, esposa, crente em Deus,
Sou filha, poeta, escrevo certo pelas linhas tortas
Das atribulações da minha vida.
Que vitória!
Ainda estou viva!
Amém!

Su Angelote

 












 

12 novembro 2010

Poesias em conta gotas - final


Mundo onde impera a falsidade
Vida desmerecida
Injustamente vivida
Pelos caminhos da crueldade.

Andei pelo mundo
Tropeçando nas pedras
Do meu caminho
Sempre à procura de um ninho.

Nunca neste mundo fui mau
Vivo com o coração esfarrapado
Só eu o conheço e sei
O quanto foi maltratado

Paz, amor e serenidade
Peças importantes da vida
Ingredientes que jamais encontrei
                        Na eterna busca da felicidade
                                                                  
                                                                 Luiz Pádua



11 novembro 2010

Poesias em conta gotas- IV

Vida triste e descabida
Inconformado, desiludido
Só mágoas e amarguras
E o coração triste escondido

10 novembro 2010

Poesias em conta gotas - III

Ninguém me ouve,
Ninguém me escuta
Que sou eu nesta vida?
Apenas um teimoso filho da puta.

09 novembro 2010

Poesias em conta gotas - II

Amargura, desengano, tristeza
Vida vivida por incompreensões
O homem deixa para trás
Toda uma vida de impurezas

08 novembro 2010

Poesias em conta gotas - I

Vida repleta de erros
Um homem feito de aço
Dobra-se impiedosamente
Sobre impropérios e fracassos

02 novembro 2010

Paro para meditar





Passado...
Algo superado
Agitas-te ao adaptar-se
Ao mundo de vida normal
Paro para meditar
Nas perturbadoras noites de insônia
Que faria eu se tu não existisses para te amar...
É que a dor se apossa de mim
Deixando uma gilvaz na alma
Sem jamais perder a calma
Como um corisco
Desapareço para não te ver chorar.
   Luiz Pádua