PASSAPORTE PARA O INFERNO

PASSAPORTE PARA O INFERNO
ÚLTIMO LANÇAMENTO
Perplexo e pensativo, caminho pelas ruas pensando no que somos...
Quanta razão está imbuída no nosso coração; realidades sem fantasia. Somos nocivos, causamos e transmitimos alegria e tristeza, o mal e o bem. Às vezes, instintivamente, causamos mal a quem queremos bem. Poderíamos ter o instinto de rato que, mesmo indefeso entregue aos instintos sádicos de um gato. Até mesmo uma cobra que vive rastejando, odiada por todos e causando destruição, e por isso destruída. A traição é o pior mal da natureza.
Amigos de verdade são raros.

24 julho 2010

Mudanças

São tantas , nem sei , filhoscrescendo, trabalho renovando, tempo passando.

Muda a rede,tanto q não se entende o q é isso tudo e como viver assim.

Sem caminho,sem amor,seguindo

Maristela

21 julho 2010

SOLITÁRIOS AMANTES

Somos amantes experientes e indecentes
Que entre quatro paredes desfruta o tesão
Armando mil loucuras sem nenhum pudor
Nos doando e nos saciando plenamente
Indecentes, incoerentes, incandescentes.

Somos amantes viris e apaixonados
Nas nossas demoradas e prazerosas entregas
De prolongadas sensações e explosões
Vemos nossos líquidos derramados e exalados
Exaltados, extasiados, alucinados.

Somos amantes acorrentados pela vida
Que sentem as lágrimas ardidas e sofridas
Amando as noites solitárias e perdidas
Acalentados pelo barulho das ondas do mar
E recolhidos ao frio das noites negras sem par.

Somos amantes escurecidos pela solidão
Teimando em sobreviver nessa dura escravidão
Imposta pela vontade alheia de um amor sofrido
Retraídos por não sentir o revoar das gaivotas
Nas noites solitárias de um amor rendido.

Su Angelote

12 julho 2010

BUSCA


Busco o efêmero da vida em tua vida
No fugaz momento no ato do amor vulgar
O artista e o mundo despindo-se do pudor
Retratando a natureza morta que está em ti.

Quero deixar-te sem antes te encontrar na vida
Rodear o mundo sem precisar partir ainda
Cair na tentação do infinito poder das emoções
Explorar teu espírito, tua alma, em vagas reações.

Trago para o presente, antigas emoções do passado.
Tatuagens tangentes a um mundo ilusório
Onde aprendi a desejar o fruto do pecado
Na certeza de ter você sempre ao meu lado.

Su Angelote



A For do Coração

Somente a flor do coração minha querida
Sabe exalar seu perfume. Resplandecente como um sol maravilhado.
A vida cotidianamente se faz saudade, e a terra dos homens, sepulcro incessante.
De todas as esperanças.
Aceite que sejamos o que somos,
Inconscientes armados com o clamor da paz,
Sem extirpar os caules das plantas
Com palavras cortantes ou apenas o silêncio

Sua presença calma na paisagem
Nada mais impedirá o meu sonho amplo,
Nem mesmo o escuro das incompreensões
Que habitam nossas almas.
Feche a face morta e frágil, que logo a angústia
Torna-se-a invisível a carga áspera que carregamos
Dissolve-se em versos e orvalhos.

Acredite, minha querida amiga,
O mistério da vida não morre
Nós é que morremos
Antes que o pó nos acolha inertes.

Luiz Pádua

11 julho 2010

Lembrarás de mim

Ah! Tu ainda lembrarás de mim

A tua ira intepestiva transtornará

Tua mente

Quando chegar o momento de acontecer

Teu coração vai gemer

Tuas lágrimas teu rosto lavarão

Tua alma vai estremecer-te

O mundo desabará até o chão

Tu terás saudade de tudo que para trás deixou

Aí teus arrependimentos por certo surgirão

O quanto poderia lutar pelo viver e não lutou

Desprezastes sim, quem mais te quis

Fazer-te feliz

Luiz Pádua

10 julho 2010

QUIMERAS

Quisera que o mundo em que vivo desaparecesse
Quisera que a vida me mostrasse caminhos diferentes
Certamente a minha vida seria ao teu lado
E o amor seria para nós, eternizado.

A vida tem suas escolhas, suas opções, seus caminhos
Quem sou eu? Ninguém me ensinou a viver sozinha.
Aprendi que amar é dividir os sentimentos,
explorar corpos, enxugar lágrimas, emocionar-se.

Quando a vida nos mostra as suas façanhas, ela nos mostra também as suas estradas, suas portas. Mas, no entanto, não sabemos mas raciocinar diante dos atropelos do que aprendemos ao que é respeitar.

Quero uma vida plena, cheias de mistérios, de momentos infindos, corações sondáveis, morte lenta, descobrindo lágrimas no coração do seu amor, deixando o leito frio do lado esquerdo, mas, certamente, a saudade de quem amou.

O poeta inibe a vida triste que leva, sorri da tola sobrevivência e chora da liberdade encarcerada. Amar é viver o momento da decisão, e esse amor eu não aprendi a buscar com a razão.

Su Angelote

N.A. A vida tem seus mistérios, e saiba que eu já me arrependi de tudo que ainda não vivi.



06 julho 2010

A Língua

A língua é a enteada predileta do pensar. Entretanto, ela anda sempre manquejando atrás dos pensamentos sobre o pano de fundo do ocasional nível cultural de quem a usa. A língua jamais é isenta de valor e sempre se adapta ao espírito da época.
Mesmo a partir da data em que a língua começa a ser transmitida por escrito é bastante relativo à sua clareza, conquanto que, intencionalmente ou não, ela expressa através do pensamento, o vocabulário arquivado na mente. O pensamento vem antes da palavra e, se ele não existir não existirá a palavra.
Por quantas vezes as palavras originalmente empregadas teriam mudado de sentido? Até hoje, embora muitas palavras não estejam presentes no pensamento, e, conseqüentemente na língua, muitas são as que ainda permanecem incólumes nos dicionários da Língua Portuguesa sem que sejam usadas no palavreado do dia a dia. Muitas outras palavras perdem-se ou mudam de sentido entre a harmonia, pensamento e fala, por já fazerem parte de um passado remoto.
Ao folhear um livro escrito há mais de duzentos anos, indubitavelmente, pode-se constatar que o palavreado daquela época difere bastante da linguagem dos nossos dias.
Ao percorrer por várias regiões onde a comunicação é notadamente feita por um mesmo idioma nota-se claramente que o pensamento e a língua são diversificados entre um lugar e outro, cuja expressão da linguagem acaba por se transformar em dialeto.
Neste contexto, é sabido que até em uma mesma região, porém dividida pelo campo e a cidade, o pensamento com sua aliada a língua, a palavra é expressa diferentemente entre os seus moradores.
Assim, a língua traduz o que o pensamento quer. Sem haver o pensamento não pode existir a palavra, haja vista que a língua é dependente da mente. É a língua em harmonia com o pensamento.
Luiz Pádua